sábado, 25 de outubro de 2008

Não é permitido

Certa vez, observei uma mãe dando leves tapinhas nas mãos do pequenino filho de dois anos. Ele estava segurando delicadamente um inseto, como se soubesse ser este potencialmente frágil. A mãe só faltou entrar em pânico ao perceber o bicho na mão do pimpolho e correu para salvar o filho de algo que poderia lhe ser ofensivo e perigoso.

Toda vez que vejo isso, penso na inocência da criança. Aquele inseto não era perigoso, tampouco ameaçador, mas e quando a criança se deparasse com um que assim o fosse? Talvez não tivesse a mesma sorte na ausência da mãe e poderia sair prejudicada. Tudo por causa de sua falta de experiência e discernimento.

É por isso que penso duas vezes em fazer algo que meus pais me proibem de fazer. Eles têm mais experiência, embora o discernimento, na minha idade, já esteja completamente formado. Devo com certeza ouvi-los com mais carinho. Se determinada coisa não é permitida, devemos olhá-la com desconfiança, pois com certeza já causou mal a alguém. Mas o que causa mal a um pode não causar a outro
? Alguns perguntam. Aí está a faca de dois gumes.

O não ser permitido é passado de geração em geração. Cabe, no entanto, a nós escolher acatar ou não essa regra. O mundo está cada vez mais liberal em relação a muitas coisas, tudo porque hábitos do passado foram extirpados pelas gerações seguintes. Algumas coisas proibidas se tornaram livres para usar e abusar. Olhando para os dias de hoje, não percebo melhoras e sim pioras.

Se deixar de não permitir fosse bom, acho que estaríamos numa situação melhor atualmente. Pense nisso. Eu mesmo estou refletindo a respeito até hoje.

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