sábado, 4 de abril de 2009

O Que Tem de Bom Por Aí - SAUDADES E LEMBRANÇAS

Publicado em 31/03/2009

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O Blog do Paulinator está apenas reproduzindo o mesmo com o intuito de homenageá-lo.

SAUDADES E LEMBRANÇAS

...podem parecer sinônimos.
Idéia igual, mas diferente no sentir.

Lembrança é da memória, saudade é da alma.
Muitas lembranças, poucas saudades.

Lembranças surgem com um cheiro,
uma música, uma palavra.

Saudade surge sozinha,
emerge do fundo do peito
onde é guardada com carinho.

Lembrança pode ser boa, mas quando não é,
pode-se afastá-la com outra lembrança ou
convocar outro pensamento para o lugar,
ligando a TV ou lendo o jornal.

Saudade é sempre boa, mesmo quando dói,
e não se apaga, mesmo que outra pessoa
tente ocupar o lugar vazio.
Ela pode coexistir com um novo amor,
sem machucá-lo.

Lembrança é de algo real, de um lugar,
uma época, uma pessoa.
Saudade pode ser do que não houve, de uma
possibilidade, de lábios jamais tocados.

Lembrança pode ser contada, medida,
localizada, e com algum esforço,
pode até ser calculada com uma fórmula
matemática, ao gosto dos engenheiros.

Saudade é dos poetas,
é pautada em rimas e melodias;
vontade de ver outra pessoa, segundo
os poetas, teria outro nome, seria uma
saudade com tempero, eu acho.

Lembrança pode ser sem som, pode não doer.
Saudade jamais é sem som.
Se ela não vier com música de fundo,
a gente coloca, só para ficar mais bonita,
mais gostosa de sentir,
para preencher mais a alma vazia.

Lembrança vence a morte,
mas conforma-se com a ausência,
respeita convenções.
Saudade ignora a morte, vence distâncias,
barreiras e preconceitos.

Lembrança aceita nosso comando,
vai e volta quando queremos.
Saudade é irreverente,
independente e auto suficiente.

Gosto mais da saudade!
E você?

(desconheço autoria)

Este texto foi escolhido no período de 28/03/09 a 04/04/09. A autoria não foi revelada, mas se o autor requerê-la, terá sobre ela todo o direito.

-- Eu também gosto da saudade.

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