Informações Técnicas
Título Original: Machine Gun
Preacher
Gênero: Ação, Biografia, Drama
Duração: 129 minutos
Origem: EUA
Ano: 2011
Elenco: Gerard Butler, Michelle
Monaghan, Michael Shannon (II)
Sinopse
Baseado na história real do ex-motoqueiro
e traficante Sam Childers, “Redenção” mostra a luta de um homem para trazer um
pouco de paz e de esperança em uma zona marcada por conflitos. Depois de sair
da prisão, Sam (Gerard Butler) vira
pastor e, em seguida, passa a fazer trabalhos voluntários na África. O que
inicialmente seria uma curta temporada para reconstruir casas na devastada
Uganda se torna em um envolvimento político no Sudão. Enquanto espera por apoio
financeiro para ajudar crianças desabrigadas e levanta armas contra os rebeldes
no poder, Sam terá de encarar novos dilemas: dar atenção à sua família, manter
a sua fé e confrontar um passado violento que ele pensava ter deixado para
trás.
Meu comentário a respeito do
filme
Li no site Adoro Cinema a crítica
escrita pelo Lucas Salgado, e ele definiu o filme como “Bidimensional”. Bom, de
fato o filme é bidimensional, pois mostra a vida de um sujeito como era antes de
se tornar cristão e depois da conversão. Ele ressaltou que o personagem também
mostrou-se assim, bidimensional, e que essa característica prejudicou a
narrativa, pois a transição do personagem não foi muito boa. Opinião cada um
tem a sua e respeito a do Lucas, e ele, sem dúvida, tem muito mais experiência do
que eu para redigir críticas sobre filmes, mas eu enxerguei Redenção como uma película feita na medida certa,
com a pretensão de fazer as pessoas atentarem para o que se passa longe dos
nossos olhos em um continente que muitas vezes parece ter sido abandonado pelo
mundo.
É claro que a África não foi
esquecida pelo mundo, mas o problema da miséria e das disputas locais que já
existia antes da colonização europeia só veio a se agravar e perpetua-se até
hoje, como pudemos ver na trama. Os esforços humanitários para atenuar os
problemas da população africana parecem insuficientes e o filme também relatou
isso. A briga quase solitária de um homem movido em busca de redenção contra o LRA
(Lord's Resistance Army - Exército de
Resistência do Senhor, em português), uma guerrilha com ambições políticas,
cuja liderança fica a cargo de Joseph Kony (acusado de crimes de guerra e 1º da
lista dos 10 mais procurados pela Corte
Penal Internacional) é retratada de maneira eficiente, com a carga
dramática exata, sem exageros como manda a cartilha de um filme baseado em
fatos reais. Sam Childers se divide entre sua missão no Sudão/Uganda, a família
nos EUA e seu chamado como pregador, que se tornou cada vez mais agressivo em
seus sermões no decorrer do longa. A dificuldade em lidar com essas constantes
idas e vindas ocupou bem o seu espaço na trama e justificou a forte pressão
sentida pelo protagonista em determinado momento do filme.
Enfim, gostei muito de Redenção. É o tipo de longa-metragem que
nos faz refletir sobre diversos assuntos, entre eles: que todos precisam de
algo pelo que lutar; que existe sim o perdão de Deus quando você também se
perdoa e busca uma forma de ser uma pessoa melhor; e lógico, o filme exibe o
quão bárbaro o ser humano pode ser - o que já não é nenhuma novidade para ninguém.
Nota 9,5 para o “Pastor Branco da Metralhadora”.
Nota 9,5 para o “Pastor Branco da Metralhadora”.
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