domingo, 19 de agosto de 2012



Informações Técnicas

Título Original: Machine Gun Preacher
Gênero: Ação, Biografia, Drama
Duração: 129 minutos
Origem: EUA
Ano: 2011
Elenco: Gerard Butler, Michelle Monaghan, Michael Shannon (II)

Sinopse

Baseado na história real do ex-motoqueiro e traficante Sam Childers, “Redenção” mostra a luta de um homem para trazer um pouco de paz e de esperança em uma zona marcada por conflitos. Depois de sair da prisão, Sam (Gerard Butler) vira pastor e, em seguida, passa a fazer trabalhos voluntários na África. O que inicialmente seria uma curta temporada para reconstruir casas na devastada Uganda se torna em um envolvimento político no Sudão. Enquanto espera por apoio financeiro para ajudar crianças desabrigadas e levanta armas contra os rebeldes no poder, Sam terá de encarar novos dilemas: dar atenção à sua família, manter a sua fé e confrontar um passado violento que ele pensava ter deixado para trás.

Meu comentário a respeito do filme

Li no site Adoro Cinema a crítica escrita pelo Lucas Salgado, e ele definiu o filme como “Bidimensional”. Bom, de fato o filme é bidimensional, pois mostra a vida de um sujeito como era antes de se tornar cristão e depois da conversão. Ele ressaltou que o personagem também mostrou-se assim, bidimensional, e que essa característica prejudicou a narrativa, pois a transição do personagem não foi muito boa. Opinião cada um tem a sua e respeito a do Lucas, e ele, sem dúvida, tem muito mais experiência do que eu para redigir críticas sobre filmes, mas eu enxerguei Redenção como uma película feita na medida certa, com a pretensão de fazer as pessoas atentarem para o que se passa longe dos nossos olhos em um continente que muitas vezes parece ter sido abandonado pelo mundo.

É claro que a África não foi esquecida pelo mundo, mas o problema da miséria e das disputas locais que já existia antes da colonização europeia só veio a se agravar e perpetua-se até hoje, como pudemos ver na trama. Os esforços humanitários para atenuar os problemas da população africana parecem insuficientes e o filme também relatou isso. A briga quase solitária de um homem movido em busca de redenção contra o LRA (Lord's Resistance Army - Exército de Resistência do Senhor, em português), uma guerrilha com ambições políticas, cuja liderança fica a cargo de Joseph Kony (acusado de crimes de guerra e 1º da lista dos 10 mais procurados pela Corte Penal Internacional) é retratada de maneira eficiente, com a carga dramática exata, sem exageros como manda a cartilha de um filme baseado em fatos reais. Sam Childers se divide entre sua missão no Sudão/Uganda, a família nos EUA e seu chamado como pregador, que se tornou cada vez mais agressivo em seus sermões no decorrer do longa. A dificuldade em lidar com essas constantes idas e vindas ocupou bem o seu espaço na trama e justificou a forte pressão sentida pelo protagonista em determinado momento do filme.

Enfim, gostei muito de Redenção. É o tipo de longa-metragem que nos faz refletir sobre diversos assuntos, entre eles: que todos precisam de algo pelo que lutar; que existe sim o perdão de Deus quando você também se perdoa e busca uma forma de ser uma pessoa melhor; e lógico, o filme exibe o quão bárbaro o ser humano pode ser - o que já não é nenhuma novidade para ninguém.

Nota 9,5 para o “Pastor Branco da Metralhadora”.

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