domingo, 9 de março de 2008

Alexsandro de Souza – Um Nobre Entre Plebeus


Antes de começar a redigir este texto, pensei em alguns nomes para o título, mas cheguei a uma rápida conclusão: o título acima. Poderia ser “Alex – O Gênio Incompreendido” ou “Alexsandro de Souza – O Senhor de Istambul”, entre outras belas opções cabíveis a este maravilhoso jogador de futebol.

Para quem não o conhece, se um dia ouvir falar dele ou ver na TV algum de seus estupendos lances no gramado de um estádio qualquer, abençoado foi você por ter dado de cara com um dos últimos titãs do futebol mundial. Alex foi ídolo da torcida do Coritiba; deixou saudades no Parque Antártica do antigo Palestra Itália paulista e viveu momentos de glória inéditos juntamente com a massa azul cruzeirense de Belo Horizonte. Atualmente no Fenerbahçe, ele tem aparecido mais nos últimos meses, em função das performances na Champions League.

Para os leigos que não acompanham seu futebol, enganam-se ao pensar que ele havia deixado de ser o mesmo de antes e que agora ressurgiu das cinzas. Enganam-se os que pensam que o “monstro do futebol” Alex deixara os bons tempos para trás. Hoje, sua equipe está nas Quartas-de-Finais da Champions League da Europa e a evidência de sua presença voltou a aparecer, mas desta vez ele chegou para incomodar os grandes times, veio para tomar o posto mais alto do mundo – merecido, aliás. Alex veio para se tornar o melhor jogador do mundo, ou pelo menos essa é a minha torcida por ele.

Alguns podem pensar: “Esse cara está exagerando! Alex é um bom jogador, mas não é para tanto”. Meu caro. Este texto é um tributo à genialidade. Uma alusão ao rei. Um paralelo entre o comum e o incomum. A consagração definitiva e completa do meu maior ídolo futebolístico, assim como de tantos outros e objeto de injustiça por alguns.

Creio veementemente que Alex mereça sua última chance na seleção, participando de uma Copa do Mundo, sendo campeão. Desejo vê-lo levantando a taça da Champions e sagrando-se o melhor, levantando aquela Bola de Ouro da FIFA. Sabe por quê? Porque ele fez a alegria de muitos e o mundo lhe deve algo em troca.

No meio de plebeus meros passadores de bola, Alex dá assistências de verdade e decisivas. Cercado por meros batedores de falta, o ex-Talento Azul faz o gol parecer um detalhe qualquer, valendo mesmo é assistir a trajetória da bola passando por cima da barreira, chegando ao ângulo mais difícil de se alcançar, balançando as redes de maneira espetacular. Entre inúmeros finalizadores, o camisa 20 do Fenerbahçe não faz gol; ele faz golaço.

Por sua nobreza, Alexsandro de Souza arrastou multidões aos estádios, levou massas populacionais ao delírio e conquistou títulos... muitos títulos.


Alexsandro de Souza: Um Nobre Entre Plebeus.

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