quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fui Reprovado. Já superei.

Acabei de chegar de um exame de direção veicular. Ponto.

Não passei. Fui reprovado. O engraçado é que me imaginei chorando por causa disso, haja vista o meu nervosismo no período em que estava aguardando a minha vez para ser avaliado.

Sempre me cobrei para ser o melhor, seja no palitinho ou no par ou ímpar, mas hoje eu percebi que se fazemos o nosso melhor e não conseguimos o resultado desejado, a atitude mais apropriada a se tomar é seguir em frente e tentar melhorar.

Quando entrei no carro - o último da turma de cinco pessoas que seriam avaliadas hoje - pensei na responsabilidade de ser aprovado pois, com exceção da primeira que fez o exame, todas as anteriores foram reprovadas.

Aldine - não sei se é com "u" ou com "l", um dia eu perguto a ela -, uma das avaliadas que foi reprovada, pouco antes de dar início ao meu teste, desejou-me boa sorte. Aquilo me aliviou instantaneamente. Não era uma competição de quem se sairia melhor. Cada um estava ali para tirar sua carteira. Não era Fórmula 1. Entrei no carro tranquilo. Comecei bem. Infelizmente, na segunda conversão à direita, perdi o controle do carro, que entrou demais para a direita e bateria no meio-fio da calçada se não fosse a intervenção do examinador. Demos umas voltas, perfeitas, diga-se de passagem, mas ele me pediu para estacionar e desligar o carro sem ter feito baliza ou controle de ré. Logo vi. Acabou. Fui reprovado.

Quando me notei, vi que estava sorrindo, leve, solto, totalmente ao inverso do que imaginava que ficaria. Minutos antes, pensei que o meu mundo cairia, mas ao fechar das cortinas enxerguei mais à frente e vi o seguinte:

"Não deu hoje. Posso fazer melhor daqui a algumas semanas. Basta treinar. Só."

E estou aqui agora, digitando sobre um dia que terminou não como eu queria, mas melhor do que imaginava.

Um comentário:

lili laranjo disse...

desejo uma boa semana cheia de poesia...
Deixa lá o mundo não acabou...

LÁPIS/BORRACHA



Pego no lápis …
Quero escrever coisas…
Mas não sei bem o quê…

Sei mas também não sei…
Porque o que se sente…
Nem sempre se escreve…

E eu tento escrever…
Pego no lápis e rabisco…
E pego na borracha e apago…

Porque escrever não custa nada…
Mas depois ao ler…
Recordas o que não queres…
E vês que o que fica…
Fica para sempre guardado…

E então como a borracha…
Tudo desaparece rapidamente…
Mas desaparece apenas do papel…
Porque o que escreves…
Fica bem guardado no lado de dentro…


Lili Laranjo